terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Outra Vez o mar::

Outra vez o mar!por vezes toco-lhe
sinto o seu corpo frio, e vigoroso
passar-me rente aos dedos desorientado
exerce toda a sua força,por vezes hesita,
não sabe se avança ou recua, fecho os olhos
sinto a minha infância, à boca das vagas
amarfanhando a dedos, as lembranças solitárias
e quando delas não me resta senão o mar
a trepar-me nos desejos,e na sua linguagem
eu pressinto,os queixumes dos astros
e com a areia  recuada até às veias,nas tempestades
da minha alma
num lapso do tempo,céu e mar escamoteiam-se
numa paisagem de de negro violeta,num silencio
pendurado num grito

Pu.uky.marques:
:31/1/2012:
im..uky:

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Não me critiques:

Não me critiques,por eu não pontuar os meus devaneios, escritos na tela branca vazia, do livro da minha imaginação,mas olho para as vírgulas, e mais exclamações,pontos finais,e outros que tais
 nesta floresta das palavras,as virgulas,surgem-me no meu caminho, como galhos partidos,.numa noite de vendavais
que me fazem tropeçar,e dizer um ai!e as exclamações! fazem-me mal,fico de boca aberta,parece que não posso respirar!deixa-me escrever sem interrupções,deixa que eu deixe  fluir as palavras, como a água que nasce no alto da montanha,e vai correndo livre sem parar  para o mar, como uma adolescente apaixonada
que corre para o seu amor  pruíbido, rompendo todos os obstáculos que lhe querem travar o seu caminhar
não me rasures com tinta vermelha,que vermelho é o meu sangue, que me corre nas veias livre fluído,no bombear do coração,não me comandes não! o meu imaginário é livre e corre ligeiro,em letras bordadas de palavras acetinadas que por vezes mesmo com virgulas, minguem  percebe nada, ficando condoídas de tanta tristeza,  outras vezes correm todas desalinhas mal alinhavadas,desgrenhadas, aos tropeções
caindo aos trambolhões,fingindo  tonturas,assim disfarçam a compostura,são aplaudidas em esfuziante alegria
não sangres a seiva que me corre no pensamento,não castres a minha liberdade deixa-me escrever assim:.

pu..uky.marques:
im...google:
3o/1/2012:

Toco-te no silencio das estrelas:

toco-te no silencio das estrelas,
onde me sentei no terraço do jardim
suspenso nos céus
onde de noite brilha o teu sorriso
na luz da lua,salpicando o meu rosto
com as pétalas perfumadas,de palavras
diluídas em carícias de seda
que pousam na ponta dos meus dedos
em perfeita calmaria
na sinfonia dos sonhas,na orquestra
da saudade,em mago encantamento
toco-te no silencio das estrelas
onde me escondo, no terraço do jardim
onde me sinto mais perto de ti
num amor sem fim!...
pu..uky.marques:
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em 30/1/2012:

domingo, 29 de janeiro de 2012

Tudo é silencio:

tudo é silencio,a luz da madrugada
cala-se no quarto pálida, e sombria
junto da cama vazia
rasgados espalhados pelo chão,
estão pedaços de ilusões
em frágeis laços de seda,estão atadas
 lágrimas de saudade,
 dum mar imenso,no serenar da tarde
 num murmurar triste dum búzio, quebra-se
 todo  o feitiço
no sonho onde de quimeras ardentes
em serpentinas de mil cores esvoaçam
 ao vento na luz da lua branca
que se deita na cama vazia,onde a luz
da madrugada se cala pálida, e e sombria
 junto da cama vazia
em cicatrizes de rendas em lençóis de silencio

pu uky.marques:
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29/1/2012:

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

O teu corpo perdia-se no meu:

quando o dia se aninhava
na noite
o teu corpo, perdia-se no meu
em ondas de volúpia ardente
e febris desejos
que me dóiem nas veias
 percorre-me o corpo
um sangue quente
que me deixa na boca
um sabor acre
nunca partis-te de mim
ainda te quero
como sempre te quis
no silencio das luas
no alvorejar das madrugadas
nas lágrimas que o vento chora onde bebem os meus sonhos
nas praias despenhadas
 as minhas mãos trazem restos
da tua imagem
que ficaram espalhados pelas dunas
onde os nossos corpos soados e nus
se fundiam
em extases saciados nos precepícios
 clandestinos
 duma paixão escaldante

pu..uky.marques:
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27/1/2012:

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Novelei em novelos de lã os teus beijos:

novelei em novelos de lã os teu beijos
 mais os meus afagos
com eles teci no meu tear, uma manta
de retalhos
para me agasalhar quando tu não estás
que eu acaricio com carinho, de olhos fechados
 ao acordar
numa languidez dormente, no espaço vazio da
minha cama, onde resvalo em ânsias do desejo
do teu corpo ausente
olho as tuas roupas entrelaçadas na cadeira
como num abraço de despedida cheio de desejo
cravado no meu peito como punhais, sangrando a tua
 demora
cai a noite de mansinho,estendo os braços na escuridão
toco-te o corpo com as mãos trémulas,beijo-te o rosto
numa visão fria num monólogo de solidão
só me resta a manta de retalhos que teci no meu tear
com os teus beijos e os meus afagos,para me agasalhar
quando tu não estás

Pu uky.marques:
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25/1/2012:


terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Murmuras segredos:

murmuras segredos,  entrelaças
os dedos
 entreabres os lábios de desejo
na boca molhada, de beijos saciada
corpo espantado de volúpia exaurida,
no bater embriagado do coração
corpo percorrido sôfrego de paixão
rasgas as vestes na raiva do tempo
que te despe
ficas louca como num pesadelo
não sabes se sobes as escadas
 do prazer
ou desces as escadas dum pesadelo
ris e choras,procuras nas gavetas
escancaradas, espalhadas pelo chão
os sentimentos confusos do coração
 queres sentir o perfume erótico
 do ambiente impregnado de paixão
na linguagem do astro conspirado
que se deixa tomar a nu nas noites
 já sem folgo

pu uky.marques:
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24/1/2012:

Nostalgia:

soltei aos ventos as minhas tranças douradas,para que nelas pudesse o sol brilhar
nos outeiros de verdes tons salpicados de muitos amarelos
por onde passa a água que soltando-se das fragas onde dormita, espreguiça-se e vai correndo
para o rio cantando ao som de lindas sinfonias, levando com ela as lembranças da minha infancia,que
dormem no seu leito feito de alvos seixos brancos, e areias douradas, num rio de frondosos de arvoredos
onde bebem os meus sonhos gole a gole a saudade no silencio bucólico das folhas caídas, que se agitam quando passo aninhando-se no meu regaço,onde eu as afago com carinho

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Como nuvem que o vento impele:

como nuvem que o vento impele
ergo os braços acenar-te num adeus
 mas não te vejo
só mente ouço os ecos dos teus passos
um silencio percorre-me o corpo
abraçando-me numa saudade
quando cai a noite, e eu estou só
embalada no sonho da madrugada
 beijas-me o corpo e nasce a alvorada
alumiando-me de alegria fugidia
mas um vento forte, vindo não sei de onde
sopra-me o sonho
levando-o  para tão longe em segredo
corro louca, perdida  no emaranhado
dos meus sonhos
desbulhando o mundo no sentir da brisa
 da manhã
 ferindo-me nas arestas quebradas dum
 amor feito mentira, nas lágrimas que beberei dum
cálice amargo,da desventura,do amor traiçoeiro
que se esfumou no nevoeiro!...

pu uky.marques.
23/1/2012:
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Trago no meu corpo lagoas de azuis:

Trago No meu corpo
lagoas cheias de azuis
nestas manhas cor de cinza
nos braços  trago braçadas
de zimbro
nos meu olhos trago a tristeza
dos penedos agrestes da serra
despidos das suas vestes brancas
tristes encantos, perdidos nos rostos
dos dias sem sol
num espaço mudo, numa imensidão
de austera beleza, onde os pastores
guardavam as ovelhas,
e agora são só as estrelas que guardam
as manhãs,no silencio mudo do tilintar do
 chocalho preso no pescoço do rebanho
 que ouço como num canto longínquo
na quietude dessas alturas
onde o granito não verga, e de cabeça
erguida
eleva-se aos céus com altivez tropeçando
 num povo sem  sem visões,que se aninha
a seus pés sem ambições,sonha em sermos
 um grande povo outra vez
renascendo das cinzas em esplendor  seremos
nobres outra vez!...

pu.uky.marques
im ..uky:
23/1/2012:

sábado, 21 de janeiro de 2012

Olharam-se embaraçados:

olharam-se embaraçados
na urgência disfarçada dum
beijo escaldante
entre laços de seda no roçar do
 cetim
nos dedos anéis de diamantes
pois foram tantos seus amores
em  noites tão apaixonantes
corpo flor,rosa  no jardim
saudades sem fim
louca vida ardente,chama viva
dos amores clandestinos, numa viagem
sem destino
rosa colhida, passada de mão em mão
perfume perdido numa noite
de paixão
nos longínquos amores que boiando batendo
e chorando se perderam na noite eterna
 do mar da vida sem compaixão

pu uky.marques:
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"1/1/2012

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Agita-se a minha pele:

 agita-se a minha pele ao contacto dos teus dedos
afogo a minha sede no brilho dos teus olhos
sacias-me a fome com os teus beijos
selvagens
sangue fluido rubro, a palpitar-me no peito
rasgam-se-me ao desejo as minhas ânsias num
tactear sôfrego o teu corpo nos gemidos que calas
no silencio das palavras no coração que sente
és  o meu perfume embrenhado na minha pele
entro na câmara escura do teu olhar, vejo o meu
 retrato ainda por revelar
pendurado num fio por esticar, em imagens por
desvendar num sonho assertoado numa cama
de lençóis de seda amarfanhados de ilusões
que deixo ficar nos ramos desordenados dos
sonhos
simulando o desejo de te encontrar

uky.marques:
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20/1/2012:






quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Perdi-me em teus passos:

perdi- me em teus passos
escondida nos teus abraços
 prendeste- me nos teus olhos
 garços
vejo quimeras douradas nos teus
beijos, fico assim enlouquecida
esquecida da vida
 na fogueira que me atiça a chama
na alma que me consome
quero dormir contigo ser tua
 quero ver flores a flutuar, num
 mar de caricias navegar, numa onda
de espuma te amar
confundir-me na essência do amor puro
na efémera luz do teu olhar
perdida em teus passos,escondida nos
teus abraços quero ficar!...

pu uky.marques:
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19/1/2012:

Solta-se-me um beijo:

solta-se-me um beijo
 num dilúvio de desejos
que voam num manto do vento
que chegam até ti meu amor
por nascer
em taças a fumegar bebo
as palavras
que ainda não foram poemas
nos sulcos do meu corpo
 nu
ainda não passaste tu
nos tórridos caminhos
queimam-se-me os
 pés
 de tão longo caminhar
nas lonjuras de onde vim
 bocejos amarelos
suportam em náuseas toda
a minha dor
num fino arrepio cristalizado
em espelhos vagos vejo
 o fantasma do meu presente
num futuro já enroscando o ar
nas fendas abertas do tempo
solta-se-me um beijo num dilúvio
de desejos

Pu..uky.marques:
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pu 19/1/2012:


quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Jorra luz da lua:

Jorra a luz da lua na minha rua por entre as árvores despidas das vestes outonais
nas pedras transidas de frio,no meu corpo sinto a nudez exposta da pobreza
dos desafortunados que dormem no relento gelado da lua,na indiferença dos que passam
apressados e bem agasalhados,sobe um céu que chora as mágoas de quem sofre em silencio
 nestas noites de tanto frio
nascidos de mãe madrasta que não os soube encaminhar, nestes caminhos de cardos e espinhos
ao seu lado rolam pelo chão húmido e frio garrafas  vazias de vinho
que lhe anestesia a dor de existir num corpo mal tratado, dormindo numa cama de papelão
 num emaranhado de solidão  na companhia do alcól seu irmão
acorrentados a uma devassa indiferença deles mesmos num mundo de enfastiante tédio
desembarcam num cais de lodo atolados até ao infinito! onde nem jorra a luz fria da lua
pu yky.marques:
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18/1/2012:

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Febris pensamentos:

 febris pensamentos condensados
em luxuriosos desejos que nos
 oprimem o coração
nesta nuvem  a transbordar
de intensa paixão
sente-se nas veias o estranho
fulgor, correndo agitado
no seio angustiado da vaga
 enfurecida, que bate irada contra
 os rochedos  com os olhos
 rasos de água
que lhe travam os passos
 de correr para a reia para nela se deitar
sob um céu de astros destroçados
na noite apunhalada de relâmpagos
na roupa despida corpo nu
no chão a chama cega e o suor
a porta fechada
o vacilar da voz rouca o encrespar-se
dos dedos
provocando espasmos incendiados
 de prazer
 no silencio da noite que dormita

p uky.marques:
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18/1/2012:

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

pôs no cabelo uma rosa vermelha:

pôs no cabelo uma rosa vermelha
 coração sangue paixão
tão linda! a piscar os olhos ao sol
com tanta graça e muita vida
 sorri garrida  ao amor que se faz
rogado
 num  olhar disfarçado do rapaz
que mora ao lado
deixa entrever o rosto num amor
 envergonhado
com o mar a trepar-lhe o sono
 rosa vermelha sorri garrida
quando o sol a beija e o vento lhe toca
rosa fogo
paixão ardente sangue quente
à noite já sem folgo sobe um céu de
sevicías
o amor chega a tremer e refugia-se
nos seus braços embrenhando-se-lhe
 pela pele
desgrenhado e lento esforçando-se
por persuadir a rosa vermelha da sua paixão
busca o mar no fundo dos bolsos abrindo
na alvorada os alarmes do amor
simulando encontrar uma falésia de luzes
entre os lençóis

pu.uky.marques:
im..google:
16/1/2012::

Quero ver-te depois do sol se por:

quero ver-te depois do sol
 se por por entre os trigueirais
 linda tecedeira
quero ver-te mais logo à noitinha
quando alua alumiar 
o teu cabelo cor de ouro
quero que teças o meu nome
 com fios do teu cabelo
linda tecedeira que sem folgo 
me deixas
só por ti  divago pelo mundo cheio
 de ansiedade
e nem sequer te lembras que os meus
  olhos  estão cansados de tanto
 te procurarem 
na noite que se incendeia no dia
escuto a roda do teu tear no galope
 do meu cavalgar
nas crinas do vento ouço a tua voz
nas estrelas que guardam a manhã
vejo os teus pés tão leves tocarem a roda
 do teu tear como se fossem pássaros a 
voar
no jardim onde nascem as  minhas ilusões 
 num  prado verde de esperança no meio
de tanta  fragancia
deixa-me ver os teus olhos gárços que 
guardo no meu peito
fia no teu fuso o fio de linho ainda por dobar
com que me podias  amar
para teceres o  teu amor no teu tear
nas neves do teu doce olhar para me poderes
 amar

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Cruzam os céus os pássaros!..

cruzam os céus os pássaros as nuvens  os aviões o sol  a lua e os electrões mais o vento e os trovões
os desejos e as ambições! cobre o céu com o seu manto a terra e o mar sem fazer distinções
no voo do colibri afaga-nos num abraço a todos que habitam este espaço!..

uky.marques:
13/1/2012:
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quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Eram letras jorrando nas teclas:

eram letras jorrando nas teclas da escrita tocadas
 pelos os meus dedos
eram acordes de violinos as tuas palavras ditas juntinho
ao meu ouvido
 era o vento que rasgava a minha alvorada num clarão
de sol em explosão de carícias

era a beleza das tuas mãos acariciando-me o rosto
era o espelho refletindo a tua imagem  no fundo da minha
alma
a forjar ilusões num arco íris de muitas cores, numas danças
fantasmagóricas onde dançava-mos nós dois

eram os dedos que surgiam em alvoroço das entrelinhas
 do meu corpo
 num céu sedentário de estrelas numa noite escura
eram as tuas recordações aninhadas no tempo
eram as tuas caricias dos teus lábios molhados
nas ondas do meu corpo

era um pequeno maremoto a entrar-me pelas veias
 acima
perdendo-se no meu corpo numa trovoada ensanguentada
de prazer na tempestade do nosso amor mergulhada
 em  deleites de suores e odores
 era um pequeno maremoto a entrar-me pelas veias
num arco íris de  muitas cores
.
.pu uky marques:
im..google.12/1/2012:
.

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Desceu as escadas do dia vestida de luar:

desceu as escadas do dia vestida de luar! a noite minha companheira,a desfrisar a lápis os meus desejos
que irrompem das gavetas fechadas que guardo em mim
no enfiamento da minha memória,remexo nas gavetas
onde o amor causou estragos!
irei ao espelho do meu rosto corrigir pequenos desgastes
que o tempo à revelia da minha vontade desenhou nele pequenas rugas, como se fossem letras mal rascunhadas
que descubro à branca luz dos meus dedos, numa página onde relei-o o texto que ainda falta escrever
insurgindo-se pelos interiores da linguagem envolvendo-se pela
memória...

pu..uky.marques:
im..google:
12/1/2012:

Estou preso desse quente e doce olhar:

 estou preso desse quente e doce
 olhar feiticeira!que me enfeitiçaste
com esse teu olhar, sinto o coração
 a pulsar! quero ir quero ficar
mas estou preso desse quente
e doce, olhar
levo no peito esse fogo
bem vivo, que é o teu olhar
de quem estou já cativo
para te provar este meu
 sentimento
confesso que revolta não senti
ao ver de ti, por mim o esquecimento
quando te vi ao por do sol, a passear
pelo jardim
lembranças flúidas em cinzas de brocado
voaram até té mim...

im..google:
pu..uky.marques:
11/1/2012:

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Num céu pintado de frescos:


num céu pintado de frescos
escaqueirado de entre tantos
azuis
 uma leve aragem da brisa
 da manhã
traz-me o teu rosto fustigado
 de meandros, nos fugidíos
 laços da memória
mo tabernáculo do meu corpo
sinto o encrespar-se-me dos desejos
na envolvência da penumbra da noite
no sentir dos teus dedos, entre tanta
 ternura
precipitarei-se no frenesim suave
navegando nas ondas do meu
amar
num mar revoltoso entre as palavras
caladas e gastas do diálogo,
como num dúbio lusco-fusco
nas cristas da madrugada, sinto
o sabor dos teus beijos
trazidos por uma onda de espuma
com sabor a sal
 e o cheiro do mar, na panóplia
minha mágoa
e nos cristais da tua ausencia
sinto  o teu corpo a tremer-me
rente aos dedos
 nos lençóis da minha cama

pu..uky.marques
im..google:
10/1/2012:

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

É tão grande a minha saudade:

tão grande a minha
saudade
como é grande a vaga do
mar
que rebenta no areal
consome-me a paixão
numa  labareda
incandescente
num montão de cinzas
que o vento espalhou
em noites de vendavais
para onde foste tu meu
amor
que não te sinto mais
sinto-me só e desfalecida
nesta roda da vida
bordei o teu nome no mastro
do navio que te levou
mas no alto mar ele vagueia
como as quimeras douradas
dos meus sonhos moribundos
em regatas de luar
onde o meu coração gira
até o amor encontrar

pu..uky.marques:
im:uky.marques:
9/1/2012:

domingo, 8 de janeiro de 2012

Não posso voar:

não posso voar
só posso  sonhar
eu me quedo a olhar
 do  teu voo o fio
 sobre as ondas do mar
em inconstante impaciência
 em asas de vento coração de anjo
 que prendes a minha atenção
 dá-me a tua liberdade
solta esta ancora que me prende
quero acalentar este desejo
de puder voar
deixa que  a minha alma se solte
pois não é minha
 a almas não teem dono
 deixa que parta
 em liberdade na planura do mar
com a benção do sol
eu dou-te tudo o que tenho
 dou-te o manto do céu
 de estrelas bordado mais o sol
dourado
dou-te a noite num mágico luar
mas deixa-me sonhar
leva-me contigo presa no teu voar
 mas leva-me contigo!
 nem que seja por um segundo eu preciso
voar

pu..uky.marques:
im..google:
8/1/2012:

sábado, 7 de janeiro de 2012

Abriu-se aos sóis o teu corpo:

abriu-se aos sois o teu corpo
levando o vento o teu sémen
para fecundar as nuvens
numa gravidez de água cristalina
parida no alto do céu
para matar a sede que a terra  tem
para que no seu ventre germine o pão
também
no silencio da noite,no brilho do luar
no cantar das cigarras, nas estrelas
 a cintilar
nas caricias do vento que passa
que a  toca ao de leve
na penumbra da noite quando dorme
a terra mãe

pu..uky.marques:
im..google.

7/1/2012:

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Escutei o vento agreste:

na beira do caminho me assentei
olhando para o infinito
 escutei o vento,agreste, dizer-me
muito baixinho,
chovam flores e sonhos no teu colo
que a lua te alumie o teu caminho
numa felicidade dócil de harmonia
 seja o teu novo dia!
que nasça  a palavra do nada,brilhando
na noite entre sedas,que no teu jardim
floresçam as margaridas
no alvor do sol fulgente despontem
os teus sonhos,
que se iluminem  dentro de ti em sons
 cor de amaranto, numa doce melodia
solta as rédeas da tua loucura
no oásis das lonjuras
mata a sede em taças de cristais
bebe a beleza da vida
nesta terra bordada de laranjais

uky.marques:
im..google:
7/7/2012:

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Escrevi no vento:

vou mandar lavrar o meu
 coração com arado fino
para que não arranque
as raízes
das flores que nele semeei
nas palavras dos poemas
que te enviei
juras de amor  feitas ao luar
no clamor dum desejo
 feito beijo
num murmurar das águas
nas ondas de sal, no pratear
 do mar
escrevi  no vento com giz
 de espuma
a tua indiferença ao meu
chamamento no rabisco do
tempo
nos ulmeiros tremem as folhas
tocadas pelo vento
no meu coração guardo todas as
as raízes das flores que nele semeei
nas palavras dos poemas que te
enviei

pu..uky.marques:
im..google:
em..4/1/2012:

A pequena partícula que sou:

cinzelei o meu eu a cinzel invisível, para me esculpir na grande tela deste universo! onde sou uma pequena partícula do todo que o forma!
sou tudo e sou nada,nas vivências da minha vida que rolam num turbilhão
do infinito
no vagalhão da vida onde se desenha a sombra cómica, dos meus pensares
nos gestos desconexos num redemoinho das ruelas estreitas, do meu saber
caminha sozinha a minha sombra, com os meus sonhos e os meus pesares
 o  mundo está cheio de sonhos por sonhar...
o espaço é mudo,agitam-se os meus pensares tumultuosos, em memórias
fragmentadas de muitos cansaços, num êxtase quase delirante nasce a noite
 que se incendeia na alvorada da minha vida que passa rápido! devolvo ao universo a escultura em que me esculpi na pequena partícula que sou...

pu..uky.marques.
im..google:
4/1/20112:

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

O pequeno ladrão

escondia o ladrão um pedaço de pão
 por debaixo da camisa rota
 o céu estava negro,negro como  a sua
sorte
e a noite gelada como a agua que corria
junto ao cais
ouvia o murmurar das águas num silencio
húmido e abafado
no marulhar das águas misturava as suas lágrimas
no pedaço de pão, que tirou da camisa rota
estava toda a riqueza que possuía
as nuvens baixas envolviam-no com o manto negro
da noite
sou um indigente! já me esqueci que sou gente
vou morrer sem ter vivido!
que coisas dirá o mundo de nós, que morremos antes
deter nascido!
que lhe importava o resto do universo?
 que o tinha abandonado
tudo o que tinha sonhado estava assim resumido
num pedaço de pão roubado que tinha ali escondido
por momentos sorria,na desventura que nele jazia
sou um ladrão por roubar um pedaço de pão?
e os outros que roubaram a minha nação!o que são??

Pu..uky.marques:
im..google.
2/1/2012:

Bordados a ouro trago hoje os meus sonhos:

bordados a ouro trago hoje os meus
 sonhos
 numa caixinha de madre pérola
que a minha infância me deixou
bordados nos laranjais em flor
sem reparar que ela há muito tempo
 que passou

vejo o meu rosto reflétido num mar prateado
 de sal
é de espuma o meu destino escrito no areal
que no rebentar das ondas o leva para o mar
 triste o meu destino que me faz chorar

sou gaivota do mar sem sonhos não posso voar
sonho-me às vezes  de olhos abertos caminhando
 sobre as vagas no alto mar
entre a face imóvel das essências numa névoa de enganos
sacudo  de mim as mágoas

bebo as minhas lágrimas agridoces que sulcam o meu rosto
molhando -me os lábios
sonho  estrelas douradas que caiem em meu regaço
num luar de prata! queria  que os teus beijos vestidos de jasmim
que afagassem os meus desejos em lençóis de cetim

pu..uky.marques:
2/1/2012.
im..google:

domingo, 1 de janeiro de 2012

Porque me torturas:

porque me torturas e envolves
nas tuas desventuras
porquê colher a rosa por desabrochar
 que se abre à luz no roseiral a florir

quem és tu? que habitas os meus sonhos
ouço por entre a folhagem os teus passos
e os teus lamentos,nas duvidas dos meus
tormentos
ou serás um fantasma de mim mesma

 que tropeça nas sombras da minha consciência
no espaço mudo do meu tempo
chamo e não me respondes,estendo os meu braços
tacteando o vento que passa sibilando aos meus
ouvidos,mas ficam vazios no meio dos meus
abismos silenciosos

pu..uky.marques:
im..google:
1/1/2012: