segunda-feira, 28 de novembro de 2016

Em pedaços :

Em pedaços,os sonhos o vento,
no ar levanta, espalhando-os
no céu com ruído 
nas mãos da terra vão cair 
espalhando-os na vastidão da neve
com gestos tirados a compasso
mergulhando as mãos na fundura,
de tudo,num silencio absoluto
para que um dia voltem a imergir

por ukymarques:
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segunda-feira, 21 de novembro de 2016

Nuvens Negras:

N
uvens negras carregadas de mágoas rio
galgando margens na vaga dos teus dedos
no muralhar  das águas,lágrima salgada
pousada na folha purpura do lírio
tua boca, receosa fechada na tua face
secou teu sorriso,de menina
a noite fez-se mulher, guardando segredos
teu corpo sensual,belo ardente,noviça,
na fé embrenhada
coração perdido nos vendavais dos sonhos

por uky marques:
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quarta-feira, 16 de novembro de 2016

Palavras que o vento assobiou:

Sinto um sopro melódico d'um vento
que vem de mansinho perpassando
as juras que nós trocamos
as tantas promessas que fizemos
musgo verde,que no verão secou
corpo desgastado que a pele enrugou
violinos de sons desafinados
tocados num sótão, de tantos beijos,
loucos,que de nós roubamos
nossas bocas,famintas,
ávidas de tanta vontade de nós,
tua boca fonte de água cristalina
matando a sede á minha boca, sequiosa
de ti
naufrágios de desejos encrespados nos corações
golfando luxurias,desauridas, nossos cérebros
desatinados,fazendo do dia noite,flutuando
as nossas almas,por de cima das nuvens
ai tantas juras trocadas,tantas promessas por cumprir
palavras ditas no furor  da paixão,palavras que o vento
assobiou

por ukymarques:
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terça-feira, 25 de outubro de 2016

Nas neblinas densas
dos céus escondidos
abafam-se os gritos
solitários de muitas,
solidões
num sombrio silencio,
que o vento murmura
nos seus silvos condoídos
na estática mudez da manhã
cúmplices silêncios
adormecem,nas densas neblinas
dos céus escondidos

por ukymarques:
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segunda-feira, 24 de outubro de 2016

Não tinha a mala pronta:

Não tinha ainda a mala pronta
quando a morte esteve à minha porta,
não sabia ainda que levar,estava indecisa
não sabia também que livro levar,pois não sabia,
se haveria luz,
para puder ler,ou se por outro motivo
qualquer não pudesse ler
ainda me faltava resolver algumas questões
pois eu nem sabia sequer,nem podia adivinhar,
que estava a  dois passos de fazer a tal viagem
pois não estava ainda preparada,para percorrer tão longos,
caminhos,que eu não sei a onde vão dar,nem sei se têm fim
ainda o meu sonho não foi terminado
tenho os meus olhos naufragados,numa maré de espuma
que depressa se esfuma,sob a sombra da lua
um cheiro errante a violetas,espargindo recordações na minha
débil  vontade de partir,cresceu,rolou como uma onda devastadora
obrigando-me adiar a hora da partida
pois ainda queria ver as rosas vermelhas,a desabrochar.na primavera

por ukymarques:
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quarta-feira, 12 de outubro de 2016

Olho as escarpas:

Olho as escarpas do infinito,vejo o céu d'um azul indolentemente belo
um ténue laço liga-me ao passado,sussurrado beixinho aos meus ouvidos
há muito que me perdi, no voo das andorinhas,deixando  nos beirais
tristes, e vazios,os ninhos da primavera,partindo para lá dos meus olhos
riscando alegres,o tecto do mundo,semeando na noite, silêncios proibidos
que o meu corpo alberga
ardidas cinzas do passado,que não me deixam,rodopiando feitas pó no ar,
que respiro,sem me deixarem aquietar,sento-me numa varanda da noite
por lá vagueiam almas sem pousada, mas não são penadas,são almas libertas
que não precisão de morada

por ukymarques
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sábado, 8 de outubro de 2016

Eu escrevo apenas algumas linhas:

Eu escrevo apenas algumas linhas endereçadas a ti:

Eu escrevo apenas algumas linhas endereçadas  a ti,tu sabes que são pata ti,mesmo sem o teu nome estar legível,digo-te somente, que tenho boas lembranças de ti,das nossas conversas,sem astucia nem malícia,quase não sabia nada de ti,e tu tão pouco sabias de mim,
mas eras diferente das outras raparigas,que eu conhecia,naquele clima tépido de outono,sentados.a ver o por do sol,no muro do ribeiro, que corria suavemente entre os silvados,carregados de amoras já secas,como eram interessantes as nossas conversas, e saudáveis também,
todavia aquela melancolia outonal,com as folhas das árvores a desprenderem-se,caindo suavemente aos nossos pés, deixava-nos tão nostálgicos, pareciam-nos momentos mágicos,o mundo e a natureza
tão cheios de cores,tão suaves,como a tua voz,no final da tardinha quando o sol já estava cansado,começava a empalidecer,ia de mansinho aninhar-se nas ondas do mar,cheio de calmaria para o receber,reconciliando-se num abraço fraterno
a serenidade do dia,reflectia-se no teu rosto, sereno e ameno,que me transmitia tanta paz,sentia-me bem ao pé de ti não queria que o dia acabasse,queria,que estes momentos,fossem só nossos,tinha
a serena quietação das coisas adormecidas, na noite de luar


por ukymarques:

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quinta-feira, 12 de maio de 2016

No silencio suspenso do ar,um tremular de lágrima no canto do olho,parecia soltar-se,docemente e, escorrer pelo rosto angélico de  Esmeralda,estirada no sofá da sala,em frente à janela escancarada perante o seu olhar,
no céu movimentavam-se ataviadas nuvens indo acastelarem-se num canto do céu,num vai e vem constante
em frente no jardim bandos de pássaros esvoaçavam sobre as árvores,numa alegre chilreada misturando-se com as gargalhadas inocentes das crianças,de súbito um ruído vindo não se sabe de onde,despertou-lhe a atenção, era quase impercetível, parecia o ruído dum trovão,levantou-se de um salto,correu para a janela para a fechar,tinha medo das trovoadas e dos relâmpagos,numa tarde afogada de calor quando a trovoada os tinha apanhado de surpresa ela e o amigo correram para debaixo duma frondosa árvore apavorados com o clarão dos relâmpagos ,o que seria feito do João por onde andaria ele?,desde esse dia nunca mais o tinha visto,engraçado como eram tão amigos quando eram crianças,estranho nunca mais ter sabido nada dele,pois ele sabia  a onde ela estava,ela é que não sabia dele,os pais foram-se embora,e ele nem sequer lhe foi dizer adeus,
Esmeralda nunca  saiu da aldeia,ficou sempre a cuidar dos pais,filha única criada  com muito carinho e cuidados, mas com pouca liberdade, fez os estudos na cidade,só vinha a casa nas férias,estudava num colégio de freiras,
Esmeralda era bonita delicada,porque razão nunca se casou? nem ela sabia responder a essa pergunta
no contacto com a vida,nunca se apercebeu que a juventude ia desaparecendo,numa tarde em que os estados de alma nos levam a questionar certas coisas da vida,deu-se conta que estava a deixar passar o tempo, que já não era a menina da casa dos plátanos,como um perfume subtil esparso e diluído,
veio-lhe à memoria um nome João! porque se lembraria agora dele, seria amor inocente que ficou guardo lá no fundo do inconsciente dela,nunca tinha questionado a razão pela qual nunca tinha sequer ter namorado,pois sentia que era feliz assim como estava,até aquele dia,
o nome João passou a ser  constante no seu pensamento ao ponto de se sentir incomodada,que diabo! porque não me sai da cabeça?sigilosas  conversas com ela mesma sugeriam que ela gostava do João sentimento nunca despoletado até aquele dia
a minha infância foi feliz tive carinho e afecto,mas agora sinto que me faz falta realizar-me como mulher,hoje estou convencida que quero mudar o rumo da minha vida,decidida arranjou-se sai de casa dirigiu-se ao cabeleireiro convicta disse, bom dia quero mudar o estilo do meu penteado,quero um corte de cabelo moderno,e simples,olhou se ao espelho e disse óptimo esta muito bonito,daqui em diante vou recomeçar uma nova etapa  da  minha vida,saiu sorridente  com o resultado da sua aparência pois ainda tinha belos traços da sua juventude,tinha consciência que agora começava a sentir o peso da solidão,tinha a certeza que queria partilhar a sua vida com alguém,a verdade que vamos sentindo dentro de nós


sexta-feira, 1 de abril de 2016

Eu vejo:

Eu vejo no perfil das palavras lavrado,
em arabescos sublimes
desabrochados em botões de rosas
bravas
nos poemas nascidos dos lábios
doces das auroras
fantasiados com a luz suave e brilhante
da manhãs
suaves caricias pousadas no regaço terra
germinando doce sussurrar aos ouvidos do poeta
no despertar dos sentidos. Num Abril a florir

por ukymarques:
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quinta-feira, 17 de março de 2016

Da trama dos desejos:

Da trama dos desejos castrados
nua está a estátua cinzelada da vida
branca de morte
nos espaços absurdos dos tempos

na linha pura do amanhecer fita-me
a auréola do sol,reflectindo sonhos
no oceano dos meus anseios
raiz profunda, quase  invisível do meu
sentir-me

silêncios gritantes ressoo-ao-me  aos,
ouvidos, por entre as árvores despidas
a atravessar espaços vazios de vastas
solidões

por ukymarques:
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quarta-feira, 2 de março de 2016

Petalas desgrenhadas:

Pétalas desgrenhadas de chuva molhada
caem no meu rosto
rio que corre lentamente na minha pele cálida
a extinguir-se  na áurea chama
lava-me a alma,e dos meus lábios furta-me
os beijos guardados,para o meu amor
cantando as madrugadas,leva-mos,para o mar
misturando-os na água salgada,no cheiro a maresia
horizonte desdobrado em nuvens de algodão doce
frágil ser de asas de seda,borboleta que pousa
nos fios da vida,gotas desgrenhadas de pétalas
de chuva molhada,que  caem no meu rosto
feito silencio,mágoa desfolhada em meu seio
cálice de violeta exalando sonhos,em noites serenas
rio que corre lentamente na minha pele cálida

por ukymarques:
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quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

despojada de tudo_

despojada de tudo,fiquem esperando
as horas foram caindo uma a uma
como gotas de orvalhado,no meu rosto
vazio
só não consegui despojar a mente
que me fazia perguntas,tudo acabou?
vi nascer a madrugada,rasgando
a escuridão
estou só,só num mundo louco,agitado
um mundo sem compaixão,caminho
por entre veredas,ziguezagueando
pelos meus passos incertos,procurando
pegadas na poeira cósmica,nos socalcos
do tempo
levo as mãos caídas ao longo do corpo
desalentada a minha alma vagueia
entre o sonho e a realidade,entre o vivido
e o imaginado
reparto-me,vou até ao mar,gritar versos as ondas
que mos devolvem no som do búzio


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sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

Que arrebatada vontade:


Que arrebatada vontade
de ouvir o canto das
cigarraras
entre duas rochas perdidas
na tarde de estio
meu corpo revolto em ondas
de mar saudade infinita do teu
corpo gentil
fiquei à espera como tinhas
prometido
vi nascer a luz da madrugada
as ondas vêem desfazer-se
 n'areia
meu corpo quente no alvoroço
do sangue, esperei-te no agitado
fluir das brumas,em ondas de espuma

por ukymarques:
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quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

Sempre amei a liberdade:

Sempre amei a liberdade,a liberdade de ser eu,não quero ser outra senão eu
sem amarras nem imposições,sem  outros valores que não os meus
respeito todos,espero que me respeitei, nem mais nem menos,do que eu os respeito
sou louca talvez,louca por descarrilar,dos carris por não gostar dos trilhos,não foram,
feitos por mim,já os encontrei assim,nesta estrada longa,cheia de curvas, na subida,
e descida da vida,mas gosto do comboio  malandro, que faz pouca terra pouca terra
muitas vezes já cansado descarrila ,sai dos trilhos,quer ficar ali parado
não gosta do caminho traçado
quer ficar a ouvir o canto das aves,o alegre serpentear dos regatos,por entre o horizonte
avermelhado do entardecer,ver os ramos das acácias, tremulando ao vento,a terra erguendo
o gesto largo, abraçando o universo,mansamente,no despontar gostoso do amanhecer
sobre a verdura húmida das florestas, no canto livre dos pássaros,numa frescura adocicada
do cheiro das acácias,espiar o doce fascínio do silencio

por ukymarques:
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quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

Tenho pena:

Tenho pena que a vida
passe ao lado da minha
janela
que deixei de propósito
entreaberta,para que ela
entrasse
tenho pena de tela deixado
passar,sem se quer,a ter tentado
convidar a entrar
mas ah meu amor,como a vida
passa rápido,nas janelas te tanta
gente
queria tanto escrever- te uma carta
uma carta,de confidencias íntimas
uma carta que ta levasse o vento
que passa ao lado da minha janela
abeirando-se de mim, num suave
enlevo
acende-se a cidade a noite respira
devagar,ouço-a através da minha
janela entreaberta ,convido-a a ficar
abro-lhe as janelas de par em par
para que ela possa entrar
muito baixinho noite dentro,falo-lhe
de ti
no rodopiar vagabundo do tempo
da vida que deixei passar ao lado da
janela da vida

por ukymarques:
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sexta-feira, 15 de janeiro de 2016

Vou dar guarida ao sono:

Vou dar guarida ao sono
que me bate à porta
deixar-me envolver
nos tentáculos da noite
viajar na miragem dos
sonhos,seguindo os,
contornos do teu corpo,
cálido
onde o meu desejo,se queda
buscando o oásis no deserto
de mim
serei sonho porventura
na  alvorada do amanhecer
onde surges coberta de sedas
esvoaçantes, bela como uma rosa
no desabrochar da primavera
estremeço,no acordar de mim
sem ti
ilusórios sonhos na mente fustigada
das emoções,na solidão que me aconchega

  por  ukymarques:
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terça-feira, 12 de janeiro de 2016

Em instantes de fogo:

Em instantes de fogo,a matéria esfuma-se em cansaço
uma canção bailava nos teus lábios,pertinho de mim
ao longe via-se o areal a perder-se,num entardecer distante
enquanto vou polindo a solidão que me chega,silenciando
a palavra que te queria dizer
enrosco-me no silencio de mim,procurando-te no índice do fogo

por ukymarques:
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